CONFISSÕES DE UM POETA
Conta-me se ser poeta é tudo o que querias
Posso expressar que não aspirava e nem previa
Confessa-me se te revelas em teus versos...
Sim! Esboço o que capto pelo universo
Ou se te escondes em tuas fantasias.
Por vezes fujo das intempéries vadias
Ser ou não ser eis a questão da cruel realidade
Escrevo para construir meus sonhos de felicidade
Então me espelho em cada palavra dissecada
Diz se tuas emoções são reveladas
Se posso dizer quem realmente és.
Fala-me além dos poemas que me deixam aos teus pés.
A paixão, emoção, sentimentos estão ali explícitos
Sou simples e transparente em todos os momentos
Tenho um passado honrado de muitas vitórias
Descreve os teus encantos, a maravilha de ser você?
Ou esconde nas rimas perfeitas tudo o que quero saber?
Se possuir encantos eles estão nos olhos de quem os vê
Dispo-me de todas as vestes e fico nu a quem me lê
Seria tua arte o teu próprio recanto de paz?
Construo a plasticidade do que sou capaz...
Ou por trás da poesia, existe uma alma que pede mais?
Sou mesmo guloso e por vezes exagero a querer demais
Conta-me, revela... Desnuda todas as tuas intenções.
Quero alguém para viver um grande amor sem decepções
Deixa tua alma exposta... Mergulha nas letras sem pensar...
Que seja simples, honesta, sincera e que queira me amar
Deixa-me pensar que em teus versos, és mais do que consigo sonhar.
Duo: Gil Façanha e Hildebrando Menezes