Eu te amo (PaRaBoLiKa) - Eu te adoro (Juninho Correia)
Eu te amo
Eu não te amo porque és belo
Não te amo por seres perfumado
Não tenho amor por ti por seres inteligente...
Eu te amo porque és lindo
Eu te amo porque és oloroso bálsamo
Eu te amo porque tens o gênio dos grandes!
E, se amar demais fosse doença
Estaria eu em leito terminal
Pois amo-te até o real
Intento de doutrinante crença...
Quase uma religião!
Teus talentos valem mais que ouro
E teus acalentos são o tesouro
Mais puro e encantador!
Assim, sobre as plumas do teu peito
Reservo-me como em leito
A ouvir teu dócil coração
Que aquece o meu
Ao tecer a oração
Pulsante e ávida...
Deste amor teu...
E meu...
Sem música e sem o jardim florido
Sem canto de pássaro envaidecido
Ou fonte de águas límpidas
Sou grata por seu abraço d'arminho!
E, mesmo que o Sol se apague um dia
Ou que em pranto se desfaça toda alegria...
Mesmo assim, estarás em mim...
Pois, o beijo que sinto de teu lábio macio
É o rócio gracioso sobre a relva matinal
É o selo cálido deste enleio eternal
-PaRaBoLiKa-
Eu te adoro
E eu não te amo só porque és linda,
Te amo, pela tua alma que conheço
E mais, pela poesia que me arrefeço
Tal amor tenho por sua fonte infinda...
Porque te amar, ou estar na berlinda
Versos d'amor e ódio, fim ou começo
Prazer extasiante, chingo e agradeço
Bebida delirante, teu gozo me brinda!
Tu és simbólika e diabólika, anjo belo!
De fragrância perfumosa e perniciosa,
Moléstia crônica e eternal, que atrelo...
Seu talento é jóia rara, o meu castelo
Que acalma mi'alma a canto, deliciosa
Em magia, quebranto, feitiço te revelo
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Eu que adoro este seu véu beligerante,
Beijo seu verbo, roçando a pena, Clara!
Ceifando as plumas a cimitarra cortante...
E deste enlaço, tão macio e crepitante,
Nasce o Sol que arde em toda sua tara!
Mesmo assim estarás em mim, delirante...
És o ópio mais vicioso dest'alma infernal,
És o ósculo quente deste amor celestial...
-Juninho Correia-