DIGITAIS

Deixei minhas digitais

nos varais onde estendias tua roupa,

mas não estavas dentro dela

quando o sol, de barco a vela,

trouxe o vento ao meu encontro.

Lembro que eu, quase tonto,

abracei teu vestido branco

à procura do teu vulto.

Perdoa-me! Amar-te não é um insulto,

e minhas digitais nos teus varais

são quase iguais às letras simples

que minha poesia usa

quando tua blusa é roupa de um verso meu...

(MAURICIO C. BATISTA)

Eu estava à tua espera

navegando entre sonhos

para despertar com o teu abraço

e finalmente deixares tuas digitais nos meus varais

para ficar impresso o nosso amor…

Senti toda carícia do teu afago

quando abraçaste o vestido branco

que cobria meu corpo com tua poesia.

Tu declamavas em sussurros ardentes

que me desejavas como um amante carente

porque temias que meu vulto fosse só fantasia…

(ESTRELA BRILHANTE)

Estrela Brilhante
Enviado por Estrela Brilhante em 07/08/2010
Reeditado em 25/05/2011
Código do texto: T2423811
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