DUAS LÁGRIMAS
Fernando Alberto Couto
Sob o intenso brilho do luar,
guardando-se nos óculos escuros,
procura a minha musa apaziguar
os sentimentos seus, inda inseguros.
Mas seus lábios calados denunciam
suas dores, angústias e desejos,
enquanto os meus instintos desfiam
impulsos insensatos por seus beijos.
Sonetista do amor, sutil poeta,
se tua amada no olhar quieta
essas quimeras do mais alto astral,
tens, por certo, mais sorte do que eu.
Em meu rosto o soneto concebeu
duas lágrimas frias, de cristal!
São Paulo-SP 06/08/10
****************************
DUAS LÁGRIMAS
Odir, de passagem
Eu chorei o momento em que partiste
no instante do adeus, que não falaste,
e voltei à vivência de ser triste,
sabendo que mais triste tu ficaste.
A cristalina lágrima não viste.
Chorei cristal em gota, o quanto baste
para ser pranto, um pranto que hoje insiste
em se juntar ao pranto que choraste.
A saudade chorou por tua voz.
Chorou tão demorado que, afinal,
não mais nos permitiu estarmos sós.
Tudo agora está bem. Tudo normal.
Do que passou, guardamos para nós
duas lágrimas frias, de cristal.
João Pessoa-PB 06/08/10
Fernando Alberto Couto
Sob o intenso brilho do luar,
guardando-se nos óculos escuros,
procura a minha musa apaziguar
os sentimentos seus, inda inseguros.
Mas seus lábios calados denunciam
suas dores, angústias e desejos,
enquanto os meus instintos desfiam
impulsos insensatos por seus beijos.
Sonetista do amor, sutil poeta,
se tua amada no olhar quieta
essas quimeras do mais alto astral,
tens, por certo, mais sorte do que eu.
Em meu rosto o soneto concebeu
duas lágrimas frias, de cristal!
São Paulo-SP 06/08/10
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DUAS LÁGRIMAS
Odir, de passagem
Eu chorei o momento em que partiste
no instante do adeus, que não falaste,
e voltei à vivência de ser triste,
sabendo que mais triste tu ficaste.
A cristalina lágrima não viste.
Chorei cristal em gota, o quanto baste
para ser pranto, um pranto que hoje insiste
em se juntar ao pranto que choraste.
A saudade chorou por tua voz.
Chorou tão demorado que, afinal,
não mais nos permitiu estarmos sós.
Tudo agora está bem. Tudo normal.
Do que passou, guardamos para nós
duas lágrimas frias, de cristal.
João Pessoa-PB 06/08/10