Impacientemente sem razão
Acenam-me as horas, calmamente
Como a debochar da minha impaciência
Logo eu, que tenho tanta urgência
Pela resposta prometida pelo tempo.
Os ponteiros do relógio se arrastam
E, sorrindo, observam minha aflição
Tento ocupar a minha mente, é inútil
O tic-tac tão moroso me enlouquece.
E assim tomado de urgente desafio
Por um fio abstenho-me de gritar
É que o tempo, por certo, indiferente
Escorrerá tranquilo, ignorando o desespero.
Debalde meus apelos absurdos
Cada minuto é o encaixe do destino
E na verdade, não há porquê tanta fissura
Se a ternura, definiu também nosso caminho!
Minas/Rio