TOQUES DE MÃOS / CLAREIAM OS GESTOS

Em riste / A visão do verbo

O sangue acelera / E o primeiro sentido

Veias dilatam / Sob um levíssimo corpo

O pulso, acelerado / Semente oculta

Enche orifícios / Estando desperta

À deriva dos olhos / Faz dia e noite crescerem

O coração sente / O som dessa línguagem

Centelhas de toques / Em paisagem diferente

Num gesto audaz / Abre caminho e goteja

Eterniza momento / E extravasa a taça

Qual vara de condão / Perpetua a mágica

Gilnei Nepomuceno / Miguel Eduardo Gonçalves