Amor d'aurora primaveril

Amor d’Aurora Primaveril

Abri a porta do meu dia, para encontrar você.

Até meus sonhos estavam despertos.

A mão do meu amor ofereceu-te companhia,

E os meus gestos, de carinho, encobertos.

A lua cega buscava o seu repouso,

e uma melodia suave embalava o amanhecer

Meu desejo intenso contava horas,

Neste momento de magia, a florescer...

Cantavam pássaros, caíam folhas,

A paisagem me convidava a te buscar.

E eu buscava, nos meus quadros, nos meus versos,

Para só em mim te encontrar...

Eras minha obra predileta...

pendurada em minha galeria particular

e eu te observava absorto...

cada vez mais perdido neste teu olhar

Então, do amor que era só desejo,

Foi-se chegando, mas com mansidão,

E sem pedir, e sem fazer alarde,

Entrou sem pressa no meu coração...

Aconchegou-se de forma morna

e fez de mim refém...

doce sentimento que aflora

na poesia de um querer tão bem...

Então, dos versos que eram tão perfeitos,

Foi-se brandindo toda a minha obra,

E sem excessos, sem restar espaços,

Nesse querer que, de querer, não sobra...

Se completando como tela e tinta...

o meu amor, ao teu, deseja o tempo

reescrevendo o verso mais lírico

rasgando à força tanto sentimento

Amar-te-ei em duras invernias,

E nos verões de fogo mais intenso,

Que desse amor, não restarão nem cinzas,

E as solidões se esvairão com os ventos...

Minha tristeza como folha alaranjada

rolou para longe, fim da longa espera

que em teu abraço, forte e perfeito

abriu manhãs em minha primavera

Enfim Amor, o teu amor bendito,

É a razão das minhas poesias,

É o meu caminho em estações, e eu digo,

Amar-te assim, é a minha alegria!

Márcia Poesia de Sá e Ânderlo Strwsk

Márcia Poesia de Sá
Enviado por Márcia Poesia de Sá em 10/06/2010
Código do texto: T2310966
Classificação de conteúdo: seguro