SAÚDE!

Obrigado…

Eu não bebo.

Não…

Nada contra o mergulho público da embriaguez

ou a altivez da dose que lubrifica as palavras.

O álcool não me serve a bebida que o alcoólatra envenena

ao deixar a sede no piloto automático.

Conhaque,

cerveja,

vermute,

vinho…

O mais inofensivo calmante social já cala meus sonhos

dando ao fígado o chicote cru dos torturadores,

mas posso citar bebidas especiais

destiladas no paladar do vento

e envelhecidas na sabedoria do tempo.

São licores de inúmeros sabores

a depender do pomar que deu ramo ao sabor,

e devem ser ingeridos na mesma taça

onde o beijo ensaia seu mergulho.

Os amados, por exemplo, costumam brindar-se

com sereno filtrado em véu de noivado…

(MAURICIO C. BATISTA)

Mesmo o mais simples calmante natural

inibe a vontade de um sonho

que não despertou de um pesadelo

o qual a alma desprezou.

Não condeno os apreciadores dos mais finos licores,

mas prefiro ficar à deriva

apreciando os valores da vida

do que escondida atrás de uma taça de ilusões

tentando enganar a consciência e meus vilões internos.

Os amantes preferem brindar o amor

com o mesmo licor que o beijo destilou…

(ESTRELA BRILHANTE)

Estrela Brilhante
Enviado por Estrela Brilhante em 08/06/2010
Reeditado em 31/05/2011
Código do texto: T2307766
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