RECOMEÇO

E quem é que nunca tropeçou?

Quem nunca caiu?

Quem não sentiu o gosto de terra na boca?

Diga-me, quem?

Às vezes...

Um tropeço mesmo que nos machuque,

Leva-nos um pouco mais à diante

Uma queda inconsciente e inesperada

Permite-nos vôos ainda mais esplêndidos

Saborear a terra, em sua mais forte acepção...

Desistir? Nunca! Os humilhados serão exaltados

Ainda que a dor seja latente

Que os pedaços se esparramem

Que saiamos procurando a mão que nos empurrou...

O fato é: há que se levantar

Tudo dói inevitavelmente

É quase sobre humano suportar

O ego pode vir a espedaçar-se

Mas, ora a Deus e segue tua estrada

A tua hora chegará

Grandes homens perderam tudo o que tinham

Entretanto, reergueram-se e mantiveram-se de pé

Porque não deixaram que tirassem a sua dignidade

Ergue a cabeça, olha o horizonte e mantém-se com a tua

Que as pedras do caminho

Não sejam motivo para desistir da caminhada

E que haja sempre um oásis depois da curva

Para matar a sede, tomar fôlego e recomeçar

Respirar, pensar, agir e recomeçar...

Dá-nos sempre a possibilidade de um novo final.

Alex Meireles Tavares & Célia Cena

POETA URBANO
Enviado por POETA URBANO em 03/06/2010
Código do texto: T2296382
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