O Uirapuru

A natureza aqui se manifesta

E tudo para ouvindo o seu cantar.

É magistral, é meigo, é singular!

Parece que o Divino a voz lhe empresta.

Para reinar na mais densa floresta,

Cede-lhe a voz e o dom para encantar.

Se ao homem vil não pode perdoar,

Seu canto triste não sugere festa.

E quando vem cantar, pela tardinha,

Por todos, o seu lamento é respeitado.

Chora o mateiro o pranto que ainda tinha

Em seu olhar de rijo bem guardado.

Tudo porque o canto da avezinha

Até um forte deixa emocionado.

Gilson Faustino Maia e,

Joelma Maia