Guerreiro

I

Prodígios de um valente guerreiro

Lutador incansável de nobres ideais

Nas veias o sangue dos fortes ancestrais

Na mente o nostálgico e amargo devaneio.

Por uma mulher lutou com bravura extrema

Acima da espada o pendão da justiça erguido

Por seus homens foi fatalmente traído

Golpeado duramente perdeu seu emblema.

Os despojos aos traidores, o “herói” derrubado;

Violentada, estuprada, a mulher desse tomada...

Os desgraçados rindo, pecado consumado!

Acorde! Volte a seu corpo e lute homem!

Resgate o que é seu! Lute por sua amada!

Pegue sua espada, mate os que lhe consomem!

Rafael L. Ribeiro

II

Abriu-se o olho queimando as chamas da morte

E por força de espírito da queda arrancado,

Posto em pé – sopra a vida – solta o brado...

Das trevas? da luz? – muitíssimo forte!

E num instante o rebrilhar da espada

Foi o último raio de luz se refletindo...

De par em par lançados ao abismo infindo

Os inimigos... E enfim livre – a amada!

E pela fúria – formidável força! – abandonado,

Arrasta-se ainda p’ra perto dela... um pouco mais!

E deixa-se estar por fim, pois a tem do lado...

E nada além, nada ainda – nem alma, nem homem!

Ouvem-se apenas gemidos, lamentos e ais!

E os últimos sopros da vida se consomem.

Gustavo A. Fadini

(Rafael L. Ribeiro & Gustavo A.Fadini)

LEAFAR
Enviado por LEAFAR em 25/04/2010
Código do texto: T2219072
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