Eu
Pássaro voando sem ninho
ser vibrante sem sorte
vento que sopra do norte
vislumbrando o sul sem caminho.
Asas perdidas, num céu infinito
majestoso em sua grandeza LANA PARKER
Ser herói, tornar-se um mito
Oceano de esperança, gotas de tristeza.
Em seu longo espaço de vida
umas coisas mortas outras vivas
regem o caminho apenas de ida.
E que tu, Volta. Não sobrevivas.
Partirei eu, então sozinho
Nos dissabores da vida, nos ventos de sorte LANA PARKER
Sem a certeza de achar um caminho
Ou de me perder em minha própria morte
Partirei eu, assim escuro
O mundo encolhe e atira
Alguns desejos do muro
E outros que já estão na mira.
Antes de partir peço apenas
Que este não seja mais um mero poema LANA PARKER
Que eu seja colibri, posto que és flor.
Te levarei em meus sonhos, meu anjo protetor.