dueto com Efi

NAS ÁGUAS QUE CORREM:/ 'BELEZA...'

Lendo Francisco Coimbra

Efigênia Coutinho/ 'lida na escrita...'

Tu vês as árvores, vês os pássaros, o que se sucede

'entre as mãos e as palavras que tocamos sonhando'

os dias e as noites... vês a primavera, que retorna

'no interior da vida onde a mesma se transforma'

sempre depois do inverno, e o outono, que vem

'no calor do frio, no arrepio do calor, no sentir...'

após o estio; vês raízes, rios , nuvens, pássaros...

Eu revejo o rio, que fala-me sempre, ainda, sempre,

'como as manhãs começam com os dias prolongando'

de dia de noite, á luz do sol e à das estrelas, repete aos

'diálogos sons, cores, movimentos, nus sentimentos'

meus olhos e aos meus ouvidos, com a água descendo

'acolhidos pela beleza mesmo no horror e nua dor'

perenemente, com um murmúrio que não se cala nunca!

Eu, repara tu, sou o tempo que passa, e vindo do alto,

'ecoa nas nuvens o tecido dos lábios da boca e amo'

desço, sempre, sempre, sem nunca parar, até levo sobre

'mar, terra, lua, onda, maré, até não terem nome '

as minhas ondas e restituo ao mar as gotinhas das geleiras...

'ínfimas essências das minhas carências acesas'

Porque eu nunca descanso, e sou um tempo, que vai

'ao encontro dessa Beleza nomeada Silêncio!'

passando, e que não retorna jamais ao mesmo lugar!

Balneário Camboriú/ 'Coimbra'

17 - 08 - 2006/ '17.08.06'

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NAS ÁGUAS QUE CORREM:

Lendo Francisco Coimbra

Efigênia Coutinho

Tu vês as árvores, vês os pássaros, o que se sucede

os dias e as noites... vês a primavera, que retorna

sempre depois do inverno, e o outono, que vem

após o estio; vês raízes, rios , nuvens, pássaros...

Eu revejo o rio, que fala-me sempre, ainda, sempre,

de dia de noite, á luz do sol e á das estrelas, repete aos

meus olhos e aos meus ouvidos, com a água descendo

perenemente, com um murmúrio que não se cala nunca!

Eu, repara tu, sou o tempo que passa, e vindo do alto,

desço, sempre, sempre, sem nunca parar, até levo sobre

as minhas ondas e restituo ao mar as gotinhas das geleiras...

Porque eu nunca descanso, e sou um tempo, que vai

passando, e que não retorna jamais ao mesmo lugar!

Balneário Camboriú

17 - 08 - 2006

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BELEZA...

lida na escrita...

entre as mãos e as palavras que tocamos sonhando

no interior da vida onde a mesma se transforma

no calor do frio, no arrepio do calor, no sentir...

como as manhãs começam com os dias prolongando

diálogos sons, cores, movimentos, nus sentimentos

acolhidos pela beleza mesmo no horror e nua dor

ecoa nas nuvens o tecido dos lábios da boca e amo

mar, terra, lua, onda, maré, até não terem nome

ínfimas essências das minhas carências acesas

ao encontro dessa Beleza nomeada Silêncio!

Coimbra

17.08.06

Francisco Coimbra
Enviado por Francisco Coimbra em 18/08/2006
Reeditado em 18/08/2006
Código do texto: T219614