TEMPERO DO TEMPO

...Qualquer sinal de amor

terá seu tempo

num tempo que pode até ser o destempo,

mas se verdadeiro for

que importa porque veio?

E também, sem contratempo

sem tropeços e espasmos

entregue ao vento

adormecendo em seu hálito

mais um quê de delícias

um quê de amores

que encerra a ausência

e mãos misturam-se com lábios...

num hábito desconhecido,

nada parecido com aquela visão aprendiz

que por vezes, cobre-se em brancas cataratas

só para brincar de não ver

e adiar o instante maior

aquele, lembra-se?

sorrindo à toa, pés numa boa

desalgemado no amanhecer...

Dado ao relento

tendo na brisa seu termo

cego de Amor e Poesia

sorrindo, agora, frutificando

esvaindo-se de alegria

encontrando em versos mireicos

o que jamais fora encontrado

liberdade, amor, harmonia

Rindo de algemas, de nescios e puros

confessando-se de tempo em tempo

em páginas simples e amantíssimas

que cada momento vale a pena

e cada pena tem seu tema

mas juntos, poema em flor confissão

a tempestade de amor

encontram-se corações...

(Versos de Luiz Eduardo e Mirea)

Mirea
Enviado por Mirea em 11/04/2010
Reeditado em 11/04/2010
Código do texto: T2191289