A MUSA DO POETA (com Sol Pereira)
Quem será a faceira
Que te encantas
Como uma feiticeira
Será aquela que tu decantas
Em teus versos
Que revelas
Teus reversos
Quando pintas nas telas
Com as vivas cores
De uma aquarela
Enfeitada de flores
Debruçada em uma janela
Quem será ela?
Não precisas responder
Ela é aquela musa bela
Que te faz padecer.
(Sol)
Perguntas pela musa do poeta,
Pois, quem há de guardar tamanho encanto
E ser capaz de fasciná-lo tanto,
A ser ser a maraviha que o completa?
De flores enfeitada, veja o quanto
Faz a felicidade ser concreta,
Mas em mantê-la amada e secreta,
Consiste o bem, o poderoso manto
Que faz o amor ser tão bonito e pleno,
A ponto de deixar a alma leve
E então é que o bardo, não sei se deve
Revelar sentimento tão sereno
E ao mesmo tempo tórrido e que agita
Dois corações, a provocar paixão
E inspirar, nos versos, emoção,
De um jeito tal que, à volúpia, incita.
(Mario)