Verdades vazias

Deslizando pela fuligem do tempo

Marcas indeléveis tatuadas na carne

Destroços na alma daquilo que um dia

Foi boa semente para futura seara

E esse descaso no acaso do tempo

Que fez cicatrizes rasgando a alma

Recalca no vício, incrédulo e profano

Que traz desenganos da terra sombria

A semente se perde, a seara resseca

E o fruto esperado não vinga e se perde

E então novamente fustigo a revolta

Dessa linha torta que a todos persegue

Agora é tempo de enfrentar desafios

De saber da vida, misterioso sentido

De uma verdade que ecoa no vazio

Dos sonhos sonhados em horizontes perdidos.

Itabira/Varginha

Marçal Filho e Mazéh Lage
Enviado por Marçal Filho em 03/03/2010
Reeditado em 26/07/2024
Código do texto: T2118612
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