Verdades vazias
Deslizando pela fuligem do tempo
Marcas indeléveis tatuadas na carne
Destroços na alma daquilo que um dia
Foi boa semente para futura seara
E esse descaso no acaso do tempo
Que fez cicatrizes rasgando a alma
Recalca no vício, incrédulo e profano
Que traz desenganos da terra sombria
A semente se perde, a seara resseca
E o fruto esperado não vinga e se perde
E então novamente fustigo a revolta
Dessa linha torta que a todos persegue
Agora é tempo de enfrentar desafios
De saber da vida, misterioso sentido
De uma verdade que ecoa no vazio
Dos sonhos sonhados em horizontes perdidos.
Itabira/Varginha