Dueto Poético de Jacó Filho & Fábio Brandão, Mulheres na Sociedade & Mulheres...
Mulheres na Sociedade (Jacó Filho)
Antes confinadas ao lar ou outras atividades submissas,
A mulher é afastada das decisões e lutas por soberania...
Sua guerra é defender o lar e tribulações do dia a dia...
Alguns países ainda impõem rigores em piores premissas...
Confinadas e curiosas não restaram muitas alternativas,
Para saber da vida do marido e filhos, a intuição nasce...
Com os seus maridos em guerra, cada uma que se virasse,
Com afazeres da casa, antes do homem, tarefa exclusiva...
Previsto em profecias, mulheres conquistam a igualdade,
Esse equívoco temporário lhe sobrecarrega nesta luta...
Mas foi previsto, que será breve o tempo dessa disputa...
Destinada a assumir a liderança, o fará com sobriedade...
Mas ombro a ombro com os homens que desta vez a escuta...
Seremos em algum tempo união de intuição e força bruta...
Mulheres (Fábio Brandão)
Mulheres em sua essência são todas iguais.
Analfabetas, jovens, senhoras ou intelectuais.
Dividem sonhos em comum e os mesmos ideais.
Anônimas, famosas, pobres, ricas ou símbolos sexuais.
Religiosa ou despudorada, no fundo só quer ser amada.
É mãe, avó, filha, tia, amiga, namorada, esposa, cunhada...
Agüenta mau humor de marido, filho folgado, dupla jornada...
Mesmo assim é apaixonada, dedicada, no trabalho aplicada...
A maior de todas as suas missões ainda é a maternidade.
E a força da natureza vai resistindo firme à modernidade.
Descobriu a mulher que queimar sutiã nada tem a ver com liberdade.**
A mulher atual não quer mais buscar no homem um grande rival.
Sabe que ambos podem caminhar juntos na sociedade matrimonial.
Na igualdade entre homem e mulher é necessário algum diferencial
** Alusão há um protesto realizado no dia Sete de setembro de 1968 em que algumas mulheres queimaram os seus sutiãs demonstrando repúdio contra a realização do concurso de beleza Miss América em Atlantic City, no Altlantic City Convention Hall.