VELHA ESTRADA
 
             Naquela velha estrada
             por onde eu cavalgava,
             tu colhias flores,
             em meio à passarada
             que pra ti cantava,
             por tua beleza e valores.
 
     Era outono...então,
     estradas eram trilhas,
     onde o vento ameno
     das flores deixaram ao menos
     lembranças andarilhas.
 
              Os cânticos escutos ainda...
              das flores sinto o perfume...
              do teu sorriso e lindo olhar,
              naquela paisagem linda
              e momento tão sublime,
              eu não consigo olvidar.
 
      Cânticos sedentos de luz...
      bosques de ipês amarelos
      como os sorrisos que reluz...
      lembranças dos belos...
      príncipes dos meus castelos.
    
              Tanto tempo se passou;
             
nem a estrada, hoje, existe.
              Um momento que não se refaz,
              em meu peito, cravado ficou
              e como tatuagem nele persiste,
              como o amor se prende à paz.
 
      Tudo se acabou...
      a velha estrada...trilhas
      o sonho apagou,
      como é possível...tanta partilha,
      tanto amor, desejo e emoção
      acabar assim, numa estrada de solidão!
 

                              SPFernando Alberto Couto
                                
SP - Moly
Fernando Alberto Couto e Moly
Enviado por Fernando Alberto Couto em 22/02/2010
Reeditado em 11/02/2015
Código do texto: T2101380
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