CONFISSÃO DO INESPERADO

Depois de um tempo

Muitas feridas saram

Formam cicatrizes

Lembrança que entristece

A esperança esmorece

E de sonhar se esquece...

Há então que recorrer à prece

Sem ficar desesperado

Por um tempo esperei o inesperado

Contando com Deus ao meu lado

O irrealizável e impossível, o inexeqüível

A me perguntar: Será possível

Vencer o tamanho daquela dor?

Era inusitado, descartado, fora de questão

Já era morto e sepultado em meu coração

Mas havia sopros na imaginação

E de repente o imprevisto acontecia

Sem nem esperar eis que você surgia

Esqueci meus olhos postos na alegria

Ressurgiu num instante a euforia

Teu sorriso enigmático veio à luz

E de novo, algo me seduzia

E ainda me seduz...

Que fascínio que você me irradia!

Não posso mais negar

Que nascemos um para o outro

Embora por um momento

Queira negar esse forte sentimento

Tentei ignorá-lo, mas que ironia...

Você está em mim e eu em ti

Para o resto de nossos dias!

Dueto: Lourdes Ramos e Hildebrando Menezes