NADA
Bella: É certo que a genialidade não está no muito, mas no pouco; não tudo, mas na linha pretensiosa do quase nada. O mínimo é o que diz [tudo?]
Isa: Mas quem delimita o tudo ou o nada? Posso dizer “sim” e ser nada, ou dizer nada e ser tudo...
Bella: Então é isso! a genialidade está em nada dizer! Devemos somente sentir!
Isa: Sentir o nada?
Bella: Não! Sentir o tudo do nada!
Isa: Impossível!
Bella: Essa é só uma palavra. Quando você se apega ao nada que ela significa se prende ao tudo que ela tenta significar... fica cego, surdo e mudo!
Isa: Está bem. É improvável.
Bella: Improvável também limita. Castra. Não diga nada. Não pense em nada! Sinta tudo!
Isa: O tudo do nada... mas como sentir nada?
Bella: Ignore a palavra! E então?
Isa: Sinto tudo! É...
Bella: O tudo do nada!