VOCÊ, QUE EU HEI DE AMAR (Com MARCOS LOURES)
Você, que eu hei de amar numa segunda chance,
Antes que o tempo atroz demasiado avance,
Será no meu pomar a fruta temporã,
Trazendo em si o frescor do orvalho da manhã.
Você, que eu hei de amar num derradeiro lance,
Há de me convencer que a vida não é vã.
Para que a fera em mim se dome enfim, se amanse,
Será o meu relax, será o meu divã.
Você, que tanto quiz e jamais poderia
Imaginar agora além de uma alegria.
Um porto delicado, aonde a nau depois
Da tempestade tanta, encontra finalmente
Ancoradouro calmo, a luz que me apascente
num infinito mar que é feito de nós dois.