Carruagem do amor
A ornamentada carruagem
em ritmada viagem...
Descomunal elegância,
exuberância...
pelas ruas simples da pequena cidade
A belas plumas em tom furta-cor,
enfeitando os animais,
balançavam, num traçado gótico,
mexendo ao vento, ao seu sabor,
como num cortejo erótico...
Sentada, a nobre senhora.
Feições belas, o lábio pálido,
sem batom, sem o brilho do orvalho.
Ouve-se apenas, o barulho esquálido
dos pássaros, no raiar da aurora...
Se, em seu corpo, o cansaço,
em seu espírito, a esperança,
tão presente em tão longa distância.
Agora, de volta ao seu regaço,
no encanto daquela localidade,
onde jurou amor eterno, na mocidade...
Mas, a grande surpresa (ainda por vir)!
Aquela carruagem, de tão longe vinda,
segue, a galope com o cocheiro a bramir.
Quem sabe não chegara a hora ainda,
mas, a senhora, agora tão ofegante,
já não mais petulante...
Remoendo todas suas lembranças,
quando dali, sem nada dizer, partiu
na busca da sua vaidade,
com uma vil intencionalidade,
para uma vida sem misérias,
que para nada lhe serviu...
Há muito, a outro se entregara.
Mesmo com os anos, não viveu.
Agora, muito tempo depois, entendeu.
A vida fez a mente clara,
que nada tem muito valor,
se nela não houver amor...
Agora, de volta. A carruagem pára.
Será que seu primeiro amor voltou?
Aquele pobre coração do moço,
que nada viu e nada sentiu,
mas por quem tanto chorara,
ainda estaria à sua espera, tão gentil?
O coração aos saltos,
as pernas bambas, da doce senhora.
Haveria ainda resgate para sua penhora?
Ao vê-lo, o sobressalto...
Em não mais que um segundo,
o grande romance reviveu.
Entre abraços e beijos, o amor fecundo,
mostra ao mundo, que nunca morreu.
Nelma Barbosa e Oswaldo Genofre
A ornamentada carruagem
em ritmada viagem...
Descomunal elegância,
exuberância...
pelas ruas simples da pequena cidade
A belas plumas em tom furta-cor,
enfeitando os animais,
balançavam, num traçado gótico,
mexendo ao vento, ao seu sabor,
como num cortejo erótico...
Sentada, a nobre senhora.
Feições belas, o lábio pálido,
sem batom, sem o brilho do orvalho.
Ouve-se apenas, o barulho esquálido
dos pássaros, no raiar da aurora...
Se, em seu corpo, o cansaço,
em seu espírito, a esperança,
tão presente em tão longa distância.
Agora, de volta ao seu regaço,
no encanto daquela localidade,
onde jurou amor eterno, na mocidade...
Mas, a grande surpresa (ainda por vir)!
Aquela carruagem, de tão longe vinda,
segue, a galope com o cocheiro a bramir.
Quem sabe não chegara a hora ainda,
mas, a senhora, agora tão ofegante,
já não mais petulante...
Remoendo todas suas lembranças,
quando dali, sem nada dizer, partiu
na busca da sua vaidade,
com uma vil intencionalidade,
para uma vida sem misérias,
que para nada lhe serviu...
Há muito, a outro se entregara.
Mesmo com os anos, não viveu.
Agora, muito tempo depois, entendeu.
A vida fez a mente clara,
que nada tem muito valor,
se nela não houver amor...
Agora, de volta. A carruagem pára.
Será que seu primeiro amor voltou?
Aquele pobre coração do moço,
que nada viu e nada sentiu,
mas por quem tanto chorara,
ainda estaria à sua espera, tão gentil?
O coração aos saltos,
as pernas bambas, da doce senhora.
Haveria ainda resgate para sua penhora?
Ao vê-lo, o sobressalto...
Em não mais que um segundo,
o grande romance reviveu.
Entre abraços e beijos, o amor fecundo,
mostra ao mundo, que nunca morreu.
Nelma Barbosa e Oswaldo Genofre