Mols de solidão
(*)
Abjuro meus preceitos
Em inconstantes monopolidades,
Um lacônio desejo
Nos meus lábios atrofiados.
Vozes cálidas prenunciam
Sonatas tranqüilas de bomba atômica,
Meu corpo gélido se estremece
Meu cetim se parte em felpas.
Minh’alma dilapidada
Lixa as salamandras da lareira ardente,
Poetas em prescindível abulia,
Versos como baldes de água fria.
No desvario, versos se tornam duetos,
Em meus devaneios venho devanear.
A inércia vem me atormentar.
Fico entre meu copo de gim
E o gole de wiski que me entorpece.
A minha memória translúcida, entorpecida
Busca transpor lembranças céticas
Nas trevas de um longo adeus.
Versos impares: Leandro Landcaster
Versos pares: Eliz Moraes