DIÁLOGO. SÓ PERGUNTAS.
DIALOGO – II
-Posso lhe fazer uma pergunta?
Sim. Todas as que quiser.
- Você sente-se feliz?
Que coisa. Porque está pergunta?
Mas eu sou, infinitamente feliz!
- E porque és feliz?
Sou feliz porque amo a vida, as pessoas,
As flores, os pássaros o esplendor da mãe natureza
E principalmente porque vivo neste paraíso.
- E os outros, também lhe Amam?
Como dizer, alguns sim, outros, talvez não!
- Mas o que vem a ser realmente Amar?
Amar é tudo, é estar com o outro,
Compreendê-lo, conguistá-lo.
-Quando e onde começa o Amor?
O Amor começa no coração
E do coração expande-se ao infinito!
-Mas como no coração? Eu não sinto nada!
Ainda não. Pois és muito jovem
E porque o coração é a própria vida.
-Mas quando ele começa?
Não posso afirmar, mas afirmo que
Não há fim para este sentimento!
-E como descobrir e sentir Amor?
Na sensibilidade, na magia de um olhar.
- Ora, um olhar, e eu sou sensivel!
Sim, eu sei que sim,
Mas quando chegar o momento
Sentirás como uma intuição.
- Intuição!...O que é isto?
Na intuição não a um raciocínio
Uma ideia fixa.
-Como assim! Explique-me.
A intuição vem, não precisa procurá-la,
Vai senti-la naturalmente.
-Pare com isto e fale mais claro.
A intuição, é saber, sem saber como se sabe!
-Não brinque, eu quero saber Amar.
É muito cedo ainda, não precisa se preocupar.
-Mas eu quero que alguém goste de mim.
E quem não gosta de você?
-Você, você não me Ama!
Amo sim, eu amo a todos,
Porem de uma maneira diferente.
Agora, o amor carnal, a atração pelo corpo,
A ligação dos sentimentos, mais tarde você vai conhecer.
-Dizem que o Amor prejudica!
Alguns são prejudiciais, porque existem bestas humanas
Que acham, que o Amor é posse e nisto fazem exigencias
São interesseiros e até vingativos!...
-E o seu, como è?
Igual ao que canta o poeta!...
O Amor é delicado, doce,livre e fiel,
onde impera o respeito mutuo,
o Amor trás constante felicidade
e não a destruição moral.
-Eu quero este do Poeta!
Está bem, com sua graça e beleza,
Um grande e lindo amor você vai encontrar!
Mas olhe aqui, do poeta, ame os versos,
Nunca o próprio poeta!....
-Bobo. Vou embora. Porque sei que estás brincando!....
ELIO MOREIRA
REGINA ALMEIDA