A Janela
Pela janela encantada pude ver
Um belo mar resplandecer
E senti um gelado e arisco vento
Eram as rédeas do meu tormento
E da janela eu pulei para um mundo
Cada minuto, um olhar profundo
Minhas pernas tremiam e eu caí
E pelo meu amor eu traí
E depois de anos sem temer,
Pude ao menos prever
Que um dia assim chegaria
E pela minha janela eu fugiria
Porém a tragédia mergulhou comigo,
Às cinzas jogou meu abrigo,
E por essas cinzas foi-se o mundo de minha janela
Tudo aconteceu em uma rápida piscadela
Minhas riquezas, os consumos ideais,
Significavam menos que pertences banais
E então percebo que o que me faltava
Era o amor que meu coração clamava
[De madrugada, o bate-papo ligado. De repente uma ideia: que tal fazermos poesia? Essa foi feita por mim e Cláudio.]