AFERIÇÃO POÉTICA IV - LUGANO & YSOLDA
SONETO EM AGRURAS
Como quem canta dores... Eu canto.
- São versos tristes e amargurados -
É como fosse um canto amaldiçoado,
De angústia; Tristezas; E desencanto.
Nasce dentro de mim... E em pranto,
Faço-o, à luz de versos, confessado.
É como algo em mim... - Agoniado -
Que busco encontrar e não encontro.
Mas assim, inda assim, vou cantando
Tentando achar em mim, procurando
O que eu não sei ao certo em buscar.
Mas que é preciso seguir buscando,
Tentando, dentro de mim...Tentando
Tentando definitivamente encontrar.
Lugano
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SONETO EM INTERAÇÃO
Enquanto o poeta canta dores... Choro.
Seus versos cantados são amargurados
Que, mais parecem meus... Então lhe rogo:
- Ah! Por Deus, não me exponha deste modo.
Trago tristeza, desencanto e eu canto,
Pois há em mim um amor desesperado
Que, deve ser urgentemente liquidado,
Nem que pra isso tenha que morrer de fato.
Contudo sonho e às vezes confesso;
O desejo de ser flor e sem espinho,
Pra perfumar a alma do meu amado.
E, com franqueza de quem não sabe mentir,
Jurando por tudo e sem medo de ir:
Prefiro sofrer a nunca ter amado.