Confusão na Praça
As sirenes da polícia anunciavam que algo de errado havia ocorrido na pracinha do bairro. Muitas pessoas já estavam altamente curiosas e logo chegaram ao local.
Seu Nicolau, um senhor de 83 anos, foi o último a chegar e logo interrogou um jovem de cabelos compridos:
- Cordial jovem, peço-lhe o obséquio de relatar-me acerca dos fatos aqui deflagrados.
- Mano, aperta a tecla SAP, não entendi a parada!
E o velho, meio confuso, refez o questionamento:
- Jovial companheiro, quero saber o que ocorreu nesse logradouro público, nessa praça?
- Quer saber da muvuca, chefia? É que apagaram um fulano e o presunto ta esticado logo ali.
- O nobre e estimado companheiro quer me dizer que não pagaram a conta de energia elétrica e que por isso no botequim não puderam fazer sanduíche de presunto?
- Sanduíche? Ô gente fina, cê tá brisando máster... Rolô um auê e o carinha foi dessa pra melhor.
E o velho, ainda mais perdido do que antes, foi saindo de mansinho e pensando em voz alta:
- Que mundo perdido esse, ninguém mais informa os fatos de maneira satisfatória e condizente com o nosso astuto senso de curiosidade. Vou embora para minha residência, repousar em meus aposentos.
E o jovem resmungava umas palavras esquisitas:
- Pô, esse velhinho não bate bem... Parada sinistra! Já deve tá na idade de não falar coisa com coisa. Pode crê, já era!
>>>>>> Escrito em conjunto por Léo Guimarães e Mayara Lybia da Silva.