MARCA

Eu olho a marca branca que ficou

Da sua presença na parede nua

Em que a dor da mágoa transformou

A minha vida na ausência tua!

Não olhe a marca, é o fim

De minha presença nua

Não fui eu quem quis assim

Foi somente culpa sua

E na moldura vazia desse quadro

Revejo a cena que ela protegeu

Naquela noite de veneno amargo

Que sem piedade o meu copo encheu!

A cena que você fala

Que com certeza, esqueceu

Não era veneno amargo

Você era o amor meu

E se agora a vazia moldura

Protege o nada em que se transformou

Ainda é muito se for comparada

Com as verdades de quando me amou!

É verdade, muito lhe amei

Mas você tudo mudou

A verdade hoje é mentira

E muito me machucou

Sou sincera em falar

Que lhe amo ainda, eu sei

Mas com tanta comparação

Não tenho certeza, talvez. (João Braga/Lilicys)

Lilicys
Enviado por Lilicys em 10/12/2009
Código do texto: T1970065
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