O NINHO
 
Ah! Colchão de plumas
Sobre pés de madeira
Nossas pernas se entrelaçam,
de tal maneira
Que não sabemos,
se temos pernas ou penas...
 
No âmago afago da língua
No amargo de um beijo diurno
O açúcar é a eternidade
Que transmuta o dócil momento
Em algo diuturno...
Oh! Travesseiro de plumas
Banheira de espumas flutuantes
Adejamos, flutuamos, amamos...
No ninho dos amantes...
 


E sobre este ninho...
Sentimos em plenitude o gosto do amor,
A cada movimento dado,
A cada pluma ao ar!
O leve toque dos lábios,
O corpo todo a desejar!
 
E sobre o deleitoso prazer das plumas,
O amor evidencia os sabores,
Que de amargo, se torna puro e doce,
E o corpo exala...
O odor mais perfeito!
E que a longa duração, terá um fim...
O vento entra leva ao ar,
As plumas de um anjo...
Que desiste de voar, saboreando os prazeres de amar!
 
GUILHERME SODRÉ  
LUCIENE CRISTINA.
Luciene C
Enviado por Luciene C em 29/11/2009
Código do texto: T1951199
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