DANÇA DA POESIA

O poeta e a poesia decidiram namorar

E queriam um namoro bem à beira mar

Mas só se conheciam em versos e prosas

Nos infinitos poemas ao sopro da brisa

À luz do luar com a intensidade das rosas

A promover o encantamento de apaixonar

E era amor platônico, lindo de se admirar

Quem os via ficava encantado a conjecturar

E no valsar poético foram se aproximando

Dois corpos bailando e dançando e amando

Ao som de bela canção que no ar se ouvia

No salão grande admiração se percebia

Vestidos de emoção, de amor e de magia

Rostos colados, odor do perfume da alegria

Suas mãos e seus corpos foram se tocando

Corações acelerados nos peitos pulsando

E valsaram na rua, na lua e na imensidão

Em uma harmonia que enternecia o salão

Viajando pelos astros viram a Terra azul

Num infinito tão bonito dando coloração

A pirotecnia enluarada era pura emoção

A estremecer as pernas com tanta sedução

Nunca mais se afastaram desta intensa luz

Pois nasceram para o compasso que reluz

E até hoje navegam nas asas da imaginação

Em uma fluidez que só o amor pleno produz

Tempo que arte e gosto de sentir os conduzem

Que aos apaixonados e aos namorados seduzem

Dueto: Lourdes Ramos e Hildebrando Menezes