ESPERANÇA... DE REPENTE!
De repente, nada mais que de repente
Veio pela veia um calafrio inquietante
O meu riso fez-se pranto e fiquei triste
O sentimento entre demente e doente
A alegria disse adeus completamente
Fugiu da minha alma e do semblante
E acreditei que a esperança não existe
Deixando-me sucumbir estupidamente
E sem rumo tropecei em meus passos
Fui vencido pelo bagaço do cansaço
Chegando próximo ao poço infindável
Mergulhando no temor incontrolável
Senti falta da ternura dos teus abraços
Como se estivesse prestes a um colapso
Do teu calor aconchegante e agradável
Só restou algo distante e inalcançável
Sem esperanças não dava para ser feliz
Mas estava ciente do muito que te quis
O dilema posto era: como se reconstruir
Sentimentos saudáveis do poeta aprendiz?
E ao confiar abriram-se portas e cancelas
Todas as frestas, ruas, praças e chafarizes
Para quem de repente ficou por um triz
Esboçou-se a reação como força motriz
As palavras chave são: Esperar e acreditar
Motivar, agir, interagir, desbravar e lutar
Enquanto há vida, renova-se a esperança
Que se traduz em confiar como criança
Alcançando janelas, estrelas, céu e mar!
Dueto: Lourdes Ramos e Hildebrando Menezes