SILÊNCIO


Que silêncio! sinto - o apenas,
No meu universo embrutecido,
Para onde foram as quimeras serenas,
Minhas penas, o que terá acontecido?

Parei no tempo - rasurei o poema,
Procurei-me num amor incompreendido,
Agora, sacrifico a magia suprema,
E esse silêncio pertuba meus sentidos.
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Eu sei há mais além do que imagino;
Micrômegas me sinto - um peregrino
Por sob o universo caminhando...

E esse silêncio cala a inspiração,
Querendo entristecer-me desde então,
Porém um novo verso está brotando...
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DELEY

Gonçalves Reis