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               CHIMARRÃO
 
   Na noite fria, fiel amigo.
   Mate companheiro na solidão
   que, na cuia, acolhe lágrimas,
   cuja origem, a outro não digo.
   Com ele amenizo as chamas
   de uma eterna paixão.
 
   Minuano é o nome do vento
   que leva, ao longe, mazelas,
   deixando comigo e o chimarrão,
   segredos de um momento
   em que reinou, neste coração,
   das prendas, a mais bela.
 
   Hoje, acolhendo minha lamúria
   e amenizando toda penúria,
   ele, em silêncio, me aquece,
   pois há momentos de incúria
   e amores que não se esquece.
 

        O CHIMARRÃO E O POETA
 
   Com seu poncho e sem abrigo
   o poeta da solidão...então
   esconde na cuia soluços
   sob a borra do chimarrão,
   onde na falta do seu amor
   sofrida saudade é canção.
 
   Pelos pampas, em sua cela
   vai cavalgando a esmo,
   vai proseando consigo mesmo
   versando o seu sentimento
   no mais profundo lamento
   de sua saudosa donzela.
 
   Minuano, o vento lá do espigão
   daquelas lindas terras gaúchas,
   eu o trouxe pra nossa terra paulista
   aprisionado na cuia do chimarrão
   para aquecer do poeta o coração.
 
        SP – Fernando Alberto Couto
                       SP – Moly
                                            22/10/09
 Obrigado amiga poetisa e confreira Moly
       por mais esta parceria poética
Fernando Alberto Couto e Moly
Enviado por Fernando Alberto Couto em 22/10/2009
Reeditado em 24/04/2016
Código do texto: T1881693
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