O cravo e a rosa
Rosa:
Hoje acordei no meu jardim desesperada sobre os gritos do passado
Um nó no coração que pulsava latente e forte, e nem as rédias dos meus olhos não conseguiam controlar.
Um tom de prontidão veio manso sobre os gestos de um vazio de incertezas e ilusões
Teus olhos invadiam a minha mente e dilacerava meu coração com uma lágrima feito ontem entre um último olhar de despedida
Eu me conduzia entre a floresta que outrora me deu o leito de sorrir, caminhei sobre as folhas secas que o vento levara toda noite até meu quarto escuro
O mundo aos olhos de ti, parecia se revoltar a solidão, cada momento era como se o mundo caisse sobre o fogo da paixão
Entre a floresta do passado e as lágrimas do amanhã, tu viestes sozinho, e com a bússola da esperança me levaste a chegada do amor.
Tu me fazias ouvir vozes que calavam o silencio, e perturbavam a multidão dos meus pensamentos
Entre os momentos de insanidade caminhavamos sobre a magia da sedução,
Nós apenas nos amavamos naquele momento, o passado que amanhã irá se fazer solidão
Cravo:
Acordei sobre o ser que acabou não vivendo ontem
Entre meus pensamentos uma luz perfazia teu sorriso
De costas para á vida encontrei sobre meu ego as despedidas do acaso, que um dia fora um olhar apaixonado
Sobre os vãos momentos do que as escolhas poderiam ser, o medo me escondeu sobre os olhos da solidão
Entre o ontem e o amanhã, caminhei entre os vales de um desatino que outrora me deixava a beira das cinzas de uma rosa
Entretanto a saída deste escuro cubículo refletia entre os risos da vida o teu amor que outrora pintava as estrelas dos meus olhos
Me encontrei sobre a fértida relva da separação as despedidas do acaso, que um dia fora um olhar apaixonado
Entre os vãos momentos do que um dia poderiamos ser, a escolha me apontou o caminho de um fogo que vive sem queimar
Caminhei entre o presente, me vi no cemitério do amor maior que outrora me deixava entre os passos de um sutil chorar
Meus olhos irradiavam a luz de um passado pouco iluminado sobre a face de uma tristeza muito perturbada
Mas entre um sonho e outro, eu lhe encontrava na primavera da paixão
E hoje pouco importa o impacto desta emoção, pois os pregos desta cruz que um dia carreguei, sorriram para o inverno de um caminho que eu me vejo sozinho.