NADA A DECLARAR
Quero entender as razões secretas
De uma amor devastador como a tempestade
Quero ouvir sua resposta poeta
Porque se afogar no mar da saudade?
Mar feito de lágrimas entristecidas
Tal qual o choro d’uma fêmea que perde sua cria
Amar-te além de mim e além da vida
E não ter-te... É o verso não está na poesia
Quero conhecer razões concretas
Na construção desse castelo sou uma viga
Quero ouvir de ti poeta
A esse amor incerto faço figa
O mundo todo num abraço teu
Poeta, quero respostas, pelo amor de Deus!
Guilherme Sodré
Não há razões para descortinar
Uma ventania me arrasta com grande fúria
Minha voz cala, meu corpo desnuda
O mar salga minh’alma sem cor alguma
Mar de lágrimas doloridas e arrancadas
Meu útero fértil em arrancadura
Vidas em mim, fossem agora, impossíveis nascer
E me agarro no teu querer
Entrego-te meu corpo, minha razão
Castelo que reina um ritmado coração
Ouça minha voz então
O amor é rocha em penhascos
Que o teu lança vôo sem se arranhar...
Minha resposta é convicta
Sou tua! Mais nada a declarar.
Andréa Pelegrinelli
Guilherme Sodré e Andréia Pelegrinelli
(Brigado Andréia por esse dueto... Gostei muito de ter feito ele contigo, beijos...)