Tonta*/Nem tanto
Tão tonta do teu tanto
Tateei tua pele móvel
Até sentir teu gosto
Até sugar tua trajetória
Até reatar o laço do delírio
Até re_fazermos história.
Tanto te amei
Tanto te quis...
Firmei traçado da tua tatuagem
tracei as rotas do teu pecado
teci a trama do teu desejo
toquei harpas após teu beijo
Em arroubos febris
redesenhamos nosso amor.
Refletindo a vibração do toque
Tentei deixar cicatrizes transparentes
Linhas e caminhos de águas mornas em curvas
Mas tua mirada castanha e teu movimento
Em mim trouxeram o fogo, a labareda incandescente.
E, incendiada, permiti que o sonho seguisse
Na pele...o percurso inconseqüente.
Inconseqüente fui?
Não sei...
Refiz cada toque sob a pele túrgida
desembaracei as duvidosas nuances
desmistifiquei todas as crenças
deitei-me a terra e serenamente dormi no teu regaço
o sonho foi meu maior pecado.
Ternamente fui feliz.
Tonta fui? Talvez...
Posto que na pressa de ser feliz
tontamente esperei por ti
abri sendas e encontrei pegadas
vi lagoas em olhos de prata
beijos disfarçados em doce mel
e contei estrelas enquanto te esperava.
Karinna*& *Fátima Mota*