Falar de Amor



Esteu teu rosto
de menino,
teus olhos
tão brilhantes ...

És minha luz ...
(ivi)



Olhos
Riscos
Ritos
Sombras
Sobrancelhas
Sobras
Obras
Que não
Coadunam mais.
Afundam barcos
Explodem cais.
Jamais serei feliz.
Bem sei e pouco importa
A porta que arrombei
Transforma-se na cobra
Que cobra enquanto pica
Risca de giz
Beco sem saída...

Aliás tampouco
Se é tão pouco
O que sou.
Apenas pelas
Penas que cumpri
Um resto de clemência
Urgências
Demências
Latências
Mas no final,
Abro os olhos e
Vejo especular retrato
Farto fátuo
Maculado...
(Marcos Loures)



(...)