DESPEDIDA SEM PARTIDA / Júlio Nessin e Clarice Pantaneira
Uma música tocada de vina
Toca o coração do anjo
Esta mulher tocada, é divina
Mesmo ao som dum banjo
(Júlio Nessin)
Sendo senhora, moça ou menina
Meu sonho eu não tanjo
Vou ao encontro da minha mina
Por esse tesouro eu me arranjo
(Júlio Nessin)
Nas cordas harpejo em dó
A saudade de um peito em nó
De um tempo que me fascina
Quando era ainda sua menina
(Clarice Pantaneira)
Hoje distantes estamos
Tocados pelo vento que
Assovia em notas tristes
A nossa mais linda melodia
(Clarice Pantaneira)
Um convite a tí eu faço
Venha acalmar esse peito
Que se transformou em aço
Onde você ainda tem espaço
(Clarice Pantaneira)
É bom saber do seu apreço em emoção...
Vou ao reencontro do seu peito
Pois, mesmo com meu defeito
Ainda sei o endereço do seu coração
(Júlio Nessin)
Eu vou sim minha querida
Ter você como minha mulher
Minha menina, minha amiga...
Mesmo sem chegar perto sequer
(Júlio Nessin)
Pois até sem ter saído
Ou ter entrado se na sua vida
Este poema já lido
Quebra o resguardo dessa despedida!
(Júlio Nessin)