SILÊNCIO...

Palavras são desnecessárias

E às vezes um verdadeiro flagelo

No silêncio e suas freqüências

Ao olhar a plasticidade do belo

Não há nada que o descreva

E quando deparamos com a beleza

Com a luminosidade do nosso olhar

Que vai ultrapassar as profundezas...

Onde nascerão os sentimentos...

Frações inenarráveis de momentos

Emoções vividas e inexplicáveis

Que despertam emoções incríveis?

O que dizer da alegria materna

Ao ver o seu ‘rebento’ nascer

Uma semente dentro de si plantada

Ao ver brotar seu primeiro sorriso

Ou o simples ‘mamãe’ balbuciar?

E a sucção do bebê no peito?

Do leite a escorrer pelos lábios

Saciado fome e sede satisfeito

Há o que dizer a esse respeito?

Ao se contemplar uma obra de arte...

Um gesto de ternura na cumplicidade

Da criatura e do criador faz parte

O que narrar sobre a generosidade...

Ou o quem cultua o amor e a caridade

Quem professa e vive a simplicidade

É um sábio que descobre um tesouro

O silêncio vem, grita e se desfaz em ouro

Há um poder místico e misterioso no criar

Só nos resta extasiados, contemplar e calar!

Dueto: Hildebrando Menezes e Lourdes Ramos