Despi-me dos sentimentos
e do puro encantamento,
que me prendia a você.
 
De alma lavada
Dispensei
Todos teus antigos encantos
Em mim, só em mim mergulhei
 
 
Atirei pela janela
tudo que a mim foi dado,
num ímpeto de prazer.
 
Revirei antigos baús
Limpei gavetas
Espaços nús
 
pois não queria vestígios
que me trouxesse de volta
o que lembrasse voce
 
Rompi laços
Dissipei desembaraços
Lavei a alma de ti
 
Até seu perfume caro,
que ficou impregnado
me fazendo padecer
 
 Agora de alma lavada
Esperança renovada
Fico um tanto embriagada
 
 Decidi exorcisar
e nem seu nome citar
Mas...  como é que vou viver?
 
Definharei por uns tempos
Mas renascerei bem mais forte
Nem que isto custe a Morte
 
 
gal braga (
sh@nti)
Eliana Braga * Gaivot@
Ssa/BA - 20/07/2009
Cps/SP - 30/07/09