" Fim de Caso" Deth Haak+ Cula, Vem comigo.

Fim de caso

Ouvir as estrelas, pena que não ouço

Sou moco, a mim trazem só desgosto

E mesmo que ouvisse que me importa,

O acerar da dor, em minha face morta

Se já não há mais brilho atrás da porta

Só fincado punhal nessa vida torta.

Nem um facho de luz no fim do poço.!.

Só mais dilúvio relembrando alvoroço...

O amor, que me deixou ainda moço,

Fez da abóboda breu neste colosso

Calou todas estrelas duma vez.

E da descrença sôfrega, a sordidez

Não me deixou se quer um só talvez

Um boato torpe confiscou a lucidez

Pra duvidar ouvir o que não ouço

Ao sussurrar a lestada no arcabouço...

Mais hei de ouvir decerto algum dia

Num mote que inspirará a Poesia

A voz melodiada que ouvia

Sonhando amasio sem heresia

Como sopro de amor no coração

Há de pulsar em lirismo a emoção.

Ai, qualquer estrela que me fale

Escreverão os dedos até em braile;

Direi essa tristeza não me vale

Ritmando a musica de esse baile;

A dor de tão sofrida solidão

Há de valsar amor em redenção!

Deth Haak

“ A Poetisa dos Ventos”

Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do-RN

Entre linhas Deth Haak+ Cula

Código do texto: 882373

1/03/2008

Deth Haak
Enviado por Deth Haak em 30/07/2009
Código do texto: T1727909