Solidão Urbana
(Dueto 3 –Patrícia Rech & Gilberto Brandão Marcon)
G-Em meio à atmosfera noturna,
P-Reina despretensiosa e soturna
P-Ave de rapina e seus arsenais
G-As luzes naturais mesclam-se às artificiais
G-Noites dos silêncios solitários,
P-Mórbidos, seguindo calvários
G-Horas melancólicas dos estranhos vazios
P-Ao longe, ecoa uníssono uivo de lobas no cio
G-Grande cidade, com suas tantas ruas,
P-Disformes, sem graça, tão cruas
G-Ramificações de um sistema circulatório,
P-Em uma espécie de observatório
P-Essas ruas, nuas de um jeito incomum
G-Que levam para todos os lugares,
P-Até forçando a mudar de ares
G-Mas que parece não levar a lugar nenhum.
G-Relevo urbano, castelos futuristas,
P-Estilos medievais: repelem turistas
G-Corpos inertes, concreto e ferro...
P-Incongruente, rompe silêncio num berro
G-Imagens frias, a engenharia moderna
P-Masmorras gélidas: fronteira eterna
G-Retratos impessoais, o milagre dos números
P-Distorções reais, soma de infortúnios
G-São grandes prisões, com cara de liberdade,
P-Alcovas que proferem mentiras, omitem verdades
G-Pequenos quadrados, prensados uns aos outros
P-Algemas invisíveis, algozes de si, feito loucos
G-Lá dentro batem corações vermelhos,
P-Pulsando forte, reflexos no espelho
G-É vida em meio àquilo que é inerte,
P-Eis um sopro entre escombros, adverte
G-São cérebros cansados,
P-Pela dor, estigmatizados
G-Que vivem sitiados por suas neuroses
P-São reféns de si próprios, vítimas algozes
G-Corpos debruçados sobre as janelas,
P-Sem se dar ao mínimo de cautela
G-Olhos ocultos de seres que sonham,
P-Inócuas órbitas, pupilas que dilatam
G-Olhares que insistem em brilhar,
P-Centelhas de fogo chamuscando
G-São corações que insistem em sonhar
P-Envoltos em trevas, luz seguem buscando!
Agradecimento a minha "sócia literária" , a poetisa Patrícia Rech, neste empreendimento artesanal, onde com seu toque pessoal produziu rimas com a delicadeza daqueles que encontram satisfação no ato de versejar.
(Dueto 3 –Patrícia Rech & Gilberto Brandão Marcon)
G-Em meio à atmosfera noturna,
P-Reina despretensiosa e soturna
P-Ave de rapina e seus arsenais
G-As luzes naturais mesclam-se às artificiais
G-Noites dos silêncios solitários,
P-Mórbidos, seguindo calvários
G-Horas melancólicas dos estranhos vazios
P-Ao longe, ecoa uníssono uivo de lobas no cio
G-Grande cidade, com suas tantas ruas,
P-Disformes, sem graça, tão cruas
G-Ramificações de um sistema circulatório,
P-Em uma espécie de observatório
P-Essas ruas, nuas de um jeito incomum
G-Que levam para todos os lugares,
P-Até forçando a mudar de ares
G-Mas que parece não levar a lugar nenhum.
G-Relevo urbano, castelos futuristas,
P-Estilos medievais: repelem turistas
G-Corpos inertes, concreto e ferro...
P-Incongruente, rompe silêncio num berro
G-Imagens frias, a engenharia moderna
P-Masmorras gélidas: fronteira eterna
G-Retratos impessoais, o milagre dos números
P-Distorções reais, soma de infortúnios
G-São grandes prisões, com cara de liberdade,
P-Alcovas que proferem mentiras, omitem verdades
G-Pequenos quadrados, prensados uns aos outros
P-Algemas invisíveis, algozes de si, feito loucos
G-Lá dentro batem corações vermelhos,
P-Pulsando forte, reflexos no espelho
G-É vida em meio àquilo que é inerte,
P-Eis um sopro entre escombros, adverte
G-São cérebros cansados,
P-Pela dor, estigmatizados
G-Que vivem sitiados por suas neuroses
P-São reféns de si próprios, vítimas algozes
G-Corpos debruçados sobre as janelas,
P-Sem se dar ao mínimo de cautela
G-Olhos ocultos de seres que sonham,
P-Inócuas órbitas, pupilas que dilatam
G-Olhares que insistem em brilhar,
P-Centelhas de fogo chamuscando
G-São corações que insistem em sonhar
P-Envoltos em trevas, luz seguem buscando!
Agradecimento a minha "sócia literária" , a poetisa Patrícia Rech, neste empreendimento artesanal, onde com seu toque pessoal produziu rimas com a delicadeza daqueles que encontram satisfação no ato de versejar.