ECOS DA NOITE

Longa madrugada,
Tantos muros,
Intenso labor,
Busca da alvorada,
Pensamentos obscuros,
Martelam a cabeça,
Não há sinal de amor,
Não há sabor,
No seu momento,
Não há vento de conforto,
Nem um anjo torto,
Para protegê-lo,
Aliviar o pesadelo,
Afagar o seu cabelo,
Não há nada que aconteça,
Talvez, nem amanheça.
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Qual numa cova imersa,
Sentindo-se então,
Resposta? – está dispersa
À frente escuridão;
A busca por si mesmo,
No labirinto em si,
Na cisma e meio a esmo,
Aquém está o ali,
E a alma em pavorada,
Procura degustar,
O sabor d'Alvorada,
Que agora há de chegar...
Então o pesadelo,
Enfim vai demovê-lo...
Pois um anjo de luz,
Na luta ará jus...
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DELEY
GONÇALVES REIS