ALÔ, DOÇURA!

É meigo ouvir a sua voz

Que chega tão melodiosa

Ao me dizer que sou doce

Fico pra lá de dengosa

Parece que me derreto

Numa alegria sem preço

Sentido como se fosse

Um verdadeiro colosso

Mas toda essa doçura

Sem qualquer amargura

Está mais em seu olhar

No seu jeito de me amar

Se a minha boca procura

Com seus lábios carnudos

Com vontade de te beijar

Começa a doce loucura

Bem forte você me abraça

Carícia que é pura delícia

Parece que estou pinel

Buscando todo esse mel

E se eu ocultar o meu fel

Mandá-lo para o escarcéu

Eu sinto que me devassa

Como se fora pirraça

Quando seu fogo me abrasa

Parece que tudo arrasa

Eu viajo em seus desejos

Fico perdido e nada vejo

Sinto o gosto de seus beijos

É a magia da sua raça

Derramando as nossas taças

Com foguetório na praça

Mas é demasiada a sintonia

Que advêm da nossa empatia

Voando nesta doce miragem

Seu calor são fogos e brasas

Somos dois seres eletrizados

E parece até que temos asas!

Dueto: Lourdes Ramos e Hildebrando Menezes