BYE, BABY!
Agora que eu já me refiz
Descansei e até massagem fiz
Que retoquei a minha maquiagem
Vou versar algumas bobagens...
Fico me perguntando e com razão
Por que ando sempre na contramão
Se você não seria só uma fantasia
Daquelas bem malucas que nos vicia
Tendo ingredientes de malandragem
Na melhor hipótese, uma miragem
Que sempre aparece na vadiagem
Pois é surreal demais para existir
Contigo fico logo problemático
Parece mais um ente enigmático
Que chegou, vindo de outro planeta
Mas você também é um tremendo porreta
Da mesma forma que veio, quis partir
Tem o costume de me deixar meio zureta
E do jeito que partiu, agora volta
Assim nem sei demonstrar revolta
E eu feliz, dou-lhe o meu sorriso
Como se vivesse mesmo no paraíso
Lembrou-me o brilho de um cometa
Com belo rabo luminoso em festa
A toda hora se incendeia e manifesta
Fiz-me de desentendida ao te aceitar
E você com seu jeitinho sedutor
Foi me envolvendo e me enredando
Fez-me acreditei que era verdade
Que só contigo sentiria felicidade
Você estava ali falando de saudade
Ao mesmo tempo tirava minha castidade
E eu ouvindo tudo e sendo feliz...
Sendo mestre na farra... Pobre de mim
Porém, eu sei, não é simples assim
Ser enganado do começo até o fim
Nada será mais como antigamente...
Naquela pureza tão sutil e inocente
Lendo os versos que fiz para você
Coloquei meus melhores sentimentos
Fiquei ciente de tudo que sentia
Como fui decente em tudo que fazia
Mas o tempo agora é ido e é passado
Tudo já foi fluido e esgotado o caso
Nada acontece à gente por mero acaso
A vida nos ensina da pior maneira
E para mim, acabou a brincadeira!
Chega de você dar-me tanta bandeira
Não posso viver só levando rasteira
Para que tapar o sol com a peneira?
Dueto: Lourdes Ramos e Hildebrando Menezes