PÔ - Rosa Pena/Declaro - Kondor
PÔ!
Rosa Pena
Sem peso
sem culpa
sem hora.
Agora!
Não aceito desculpas.
Tá cego?
Coloca a lupa!
Sou leve,
sou breve.
Derreto
que nem neve.
Nem sólido,
nem líquido
mais pra gasoso.
Um amor gostoso!
Sem definição de estado!
Nem somos casados.
Corpos em fusão.
Ebulição.
Confusão!
Se sais ileso?
Pagas o preço da
demora.
Teu medo?
Igual ao meu segredo.
Depois a dor?
Vale pelo sabor
da flor.
Declara o teu amor.
-Eu te adoro,
pô!
DECLARO
Kondor
Eu declaro
com gosto de
vinho branco
gelado
borbulhante
Com cheiro de
mato molhado
de rosa
enlevado
suplicante
Lambendo teu
corpo queimado
salgado
agitado
escaldante
O olhar negro açoitado
tarado
derramado
falante
Com culpa,
com medo,
em segredo
Será?
Serei?
E a vontade?
Sem dor
com cor
com mar
só amar
Te adoro
pô!!