FOGO ABRASADOR
Era um fogo abrasador.....
Grandes labaredas...
Forte crepitar da madeira..
Sim era um fogo abrasador...
E queimava...
Sim queimava aquecendo meu coração...
Que gélido estava pela distância que nos separa...
Resta ainda a fagulha que faz lembrar-me de ti assim como eras...
E na singela sombra avermelhada um rosto se desenhava...
Uma simples lembrança que no coração restava.....
Me trazia de volta a terna fisionomia.....Olhos, lábios, sorriso...
Sim seu rosto, na sombra avermelhada, se desenhava...
E por um momento pensei estar contigo...
Ouvir a sua voz...
Sentir o pulsar de seu coração...
Ao tocar sua pele como uma leve brisa suave e perfumada...
E o som do seu riso embalou minhas lágrimas.....
E o som da sua voz avivou as minhas lembranças...
Estiquei minhas mãos como se pudesse novamente lhe tocar....
Num sussurro doce o seu nome acabei por pronunciar......
E assim fiquei ao lado da lareira...
Tendo a noite por companheira...
E ao acordar impressionado fiquei...
Pois logo notei nas cinzas seu traço deixado...
Sonho? Realidade? Paixão? Amizade?
Não sei o que pensar.....sei apenas o que sentir....
E sinto que ao seu lado sempre vou ficar...
Ainda que o fogo abrasador não passe de uma brasa incandescente...
Por Pavarim e Débby...
(os pontos no final indicam a abertura natural da paixão que nasce nos corações e se abre para o infinito.....em qualquer poesia um ponto final será sempre uma ruptura quase forçada, pois poesia é sempre abertura para o infinito e por isso o ponto final nunca será final até que cheguemos todos à plenitude final...este dueto vai para todos os eternos apaixonados que ainda ao lado do (a) amante sente a eterna nostalgia de um coração eternamente amante...eternamente amado e eternamente em busca)....