Inebriante
Nesta manhã fria de inverno
Vejo o orvalho pela janela
Com ele, o frio da tua ausência
E sem tua presença
Minha vida, que era tão bela
Hoje se fez vazia,
Repleta de emoções
inversas à alegria.
E cada gota de chuva que cai
Derrama essa dor
E me lava com esse amor
Que a ti entreguei
Mas, de mim não sai
E fico a te procurar em cada esquina
Mas não te acho,
me deprimimo, me de desfaço,
E por fim, te digo:
Se a neblina inebria tua visão
Não deixe que o frio congele teu coração
Fecho meus olhos, respiro fundo
Me desce o ar mais taciturno
Que gela o corpo, o coração
Mas pelo sim, ou pelo não
Do meu vazio, faço sabor
Amargo qual nenhum senhor
Que amante, clama ao calor do Inferno
Nesta manhã fria de inverno.
Que me resta a não ter calma?
Enxugar o pranto d'alma e seguir
Eis que me aparece primavera, verão
Eis que me vem o outono na contra-mão
E que mais um dos ciclos, encerro
De amor, dissabor, de cada inverno
Que me entra o frio gelado
Entra mudo, e sai calado
Deixa no peito o mesmo vazio
Qual, n'outono, me esquivo.
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Dueto com a linda Natalya Nunes, garota mais que especial!
Página dela: http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=50671