Dispersão em Veneza
Entre ruas de uma Veneza,
O desconhecido desabrocha
Aos olhos, perante uma carta esquecida num baú da memória.
O mar é bravio.
O sonho disperso de um além dante de pensar,
Onde o sol não existe para aquela foto envelhecida com o tempo.
Símbolos filtrados no vento...fitas da sua história.
Fitas de um carnaval vivido
Numa época não vivida
Época de confetes,de trompetes em harmonia,
Marchando com o destino de estar sempre sorrindo.
Vejo uma ninfa fantasiada de felina
Aos braços de um amuleto antigo
E de ver a troposfera se colorindo,
E da minha própria fantasia vou aos poucos me despindo.
O mar se torna calmo e o sonho vai se unindo,
Diante da máscara e do amuleto esquecido
Aos olhos da deusa encarnada num quadro do Olimpo.
A Grécia se torna longe,
O Egito é onde vejo o Nilo
E os deuses parecem homens a vida parece um mito.
(Rodrigo Poeta e Ísis Araújo de Carvalho/ Serrinha-BA) 22/06/09.