MAJESTOSA NAU
O RETORNO HUMILDE
Mãos acenam com desconfiança
pois, o que pode a nau garantir,
se ela mal começou a partir?
Só sentimentos de esperança
de todos, os mais profundos.
Os segredos infinitos do mar
que nem os deuses do tempo
conseguiram ainda decifrar
e eu, de longe, só contemplo,
parecem revelar outros mundos.
Então aquela nau tão soberba
se perde numa densa brisa,
os seus anais jamais realiza
e muitos sonhos de vida derruba,
ao perder de vez sua rota.
Então, ao descobrir sua pequenez
diante da divina natureza
percebe o grande erro que fez
ao exibir sua falsa grandeza,
suplica ao Criador sua volta.
Diante de tanta adversidade,
pensamentos e anos se passam,
cada vez mais, lhe ensinam
o que significa humildade
e a nau segue desamparada
Até que ventos mais serenos
lhe põem em águas calmas,
tirando a angústia de almas
que agora enxergam acenos,
acenos pela sua chegada.
Fernando Alberto Couto
Veio tempo de viagens fantásticas...
como se do porto mãos acenassem
implorando aquele regresso,
partia assim livre garantindo voltar.
e veio o mar longínquo...
temperado de sal e sol
veio o mar com seus segredos
os dias, as noites sondar.
e veio incursões por nevoeiros...
aflita, conflito do tempo
submergia na sua pequenez
e retomava tranquila seu lugar.
e veio o mar tenebroso...
a fúria dos ventos,
ventos de além mar
lambiam, vergavam velas
ameaçava afundar.
e veio rota sem rumo...
embarcações de cá pra lá
distantes, indiferentes
buscando quem sabe
a si salvar.
e veio rota de volta...
embarcações aqui, acolá
sobreviventes, presentes
como se deve estar.
e veio o mar sereno...
muitos anos depois
voltaram os navegantes da paz
e veio majestosa a nau do mar!
Moly
como se do porto mãos acenassem
implorando aquele regresso,
partia assim livre garantindo voltar.
e veio o mar longínquo...
temperado de sal e sol
veio o mar com seus segredos
os dias, as noites sondar.
e veio incursões por nevoeiros...
aflita, conflito do tempo
submergia na sua pequenez
e retomava tranquila seu lugar.
e veio o mar tenebroso...
a fúria dos ventos,
ventos de além mar
lambiam, vergavam velas
ameaçava afundar.
e veio rota sem rumo...
embarcações de cá pra lá
distantes, indiferentes
buscando quem sabe
a si salvar.
e veio rota de volta...
embarcações aqui, acolá
sobreviventes, presentes
como se deve estar.
e veio o mar sereno...
muitos anos depois
voltaram os navegantes da paz
e veio majestosa a nau do mar!
Moly
O RETORNO HUMILDE
Mãos acenam com desconfiança
pois, o que pode a nau garantir,
se ela mal começou a partir?
Só sentimentos de esperança
de todos, os mais profundos.
Os segredos infinitos do mar
que nem os deuses do tempo
conseguiram ainda decifrar
e eu, de longe, só contemplo,
parecem revelar outros mundos.
Então aquela nau tão soberba
se perde numa densa brisa,
os seus anais jamais realiza
e muitos sonhos de vida derruba,
ao perder de vez sua rota.
Então, ao descobrir sua pequenez
diante da divina natureza
percebe o grande erro que fez
ao exibir sua falsa grandeza,
suplica ao Criador sua volta.
Diante de tanta adversidade,
pensamentos e anos se passam,
cada vez mais, lhe ensinam
o que significa humildade
e a nau segue desamparada
Até que ventos mais serenos
lhe põem em águas calmas,
tirando a angústia de almas
que agora enxergam acenos,
acenos pela sua chegada.
Fernando Alberto Couto